"...um cuidado e atenção adequados às populações trans, em suas diversidades interseccionais e de demandas de saúde, somente pode ser alcançado com questionamento incessante do paradigma de saúde que é extremamente limitado e construído sobre bases normativas violentas (cissexistas, elitistas, racistas, colonialistas). [...] superemos estas limitações, em um processo que necessariamente se articula com a ampliação das autonomias corporais e de autodeterminação de gênero.' (Viviane Vergueiro)
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Uma reunião de textos, videos, falas e performances que pontuam algumas premissas que precisam guiar a construção do serviço.
Linguagem inclusiva é fundamental para visibilizar grupos historicamente vulneráveis. Nas ciências da saúde, o estigma do diagnóstico isolou a população trans em nichos, privando de uma abordagem de saúde integral e que se pautasse nas suas demandas. A reparação histórica é urgente e incluir é sempre sobre ampliar os espaços e diminuir apenas as desigualdades.Camillo Miranda, Kaique Gollo e Daniela Menezes expõem suas percepções sobre termos inclusivos e o conhecimento de profissionais para elaborar cuidados de saúde para pessoas trans.
O gênero não se origina em variações de fatores biológicos, mas se delineia em uma tapeçaria intrincada de narrativas individuais, implicações culturais e construções sociais. A premissa de que diferenças neuroanatômicas se traduzem de maneira determinista em discrepâncias comportamentais é reducionista e, ao superficializar o senso comum sobre o conceito, promove profundas implicações nas relações de poder.
AULA 02 - HISTÓRIA DO ASSUJEITAMENTO Você já se perguntou como é que chegamos até aqui? Ou melhor, por que ainda estamos aqui e por que os cuidados de saúde para pessoas trans não acompanharam o ritmo de reinvindicacação das mudanças sociais? Antes punida como pecado ou crime, a identidade de gênero que questiona as pressuposições e associações cisnormativas sobre corpo e comportamento, foi incorporada à medicina através da Psiquiatria. O controle dos corpos mudou seu lugar de gestão, mas não perdeu a marcação de estigma: pecado, crime ou doença mental. Para construir conhecimento, é necessário também resgatar um pouco da história, dos determinantes que nos trouxeram até aqui, para planejar estratégias de modificá-los. Vivemos o histórico momento de sedimentar dentro da ciência o conceito de despatotologização.
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